Formada na faculdade de letras, Janaina Rodrigues da Silva, atualmente com 42 anos, achou que já estava no auge de sua vida, atuando na área de educação. No entanto, no decorrer de seis meses, percebeu que não era aquela atividade que se identificava enquanto pessoa e profissional. Foi assim que, no ano de 2007, mudou totalmente o rumo de sua vida e resolveu empreender. De sacoleira à empresária de sucesso, em Colinas (TO), teve ajuda da Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia e fala que foi um “divisor de águas” em seu negócio.
“Comecei a trabalhar no ramo de modas, em 2007, quando terminei a faculdade de letras. Fiquei seis meses trabalhando na área da educação e não me identifiquei. Resolvi empreender. Na época, o que era o menor custo-benefício seria começar como sacoleira, então, fui para Goiânia, com um valor de R$ 4 mil, que inclusive peguei emprestado. Eu não tinha nenhum valor para começar a empreender”, relembrou Janaina.
Sendo assim, com “fé e coragem”, Janaina foi sozinha para outro Estado e lá o seu sonho teve início. “Fui sem nenhum conhecimento na área também. Não conhecia de finanças, não sabia nem precificar as peças, achava que era só comprar, dobrar o valor e estava tudo certo, que ali eu teria meu salário todo mês. E na verdade não foi o que aconteceu, porque eu cheguei com duas malas de roupa e vendi para os colegas da faculdade, conhecidos, tudo parcelado em três, quatro vezes, não vendi nada à vista, aí quando deu 30 dias, o valor que eu tinha para receber, não dava nem para repor a mercadoria que eu precisava”, comentou.
‘Quanto maior o estoque, mais chance de você ter mais vendas’, constatou empresária
Após um prazo de 60 dias, quando mais dinheiro entraria em sua conta, Janaina achou novamente que teria bastante dinheiro em caixa. “E nada também, então, complicou, porque eu não tinha capital para continuar comprando. Foi onde comecei a comprar no crédito, no cheque, porque precisava levantar um capital suficiente para ter estoque ou então não teria vendas. Quanto maior o estoque, mais chance de você ter mais vendas”, argumentou a empresária.
Naquele período, Janaina relembra que atendia em domicílio, levando na casa de clientes a mercadoria em uma moto. “Colocava sacola na frente e no bagageiro, atendendo em horários de almoço, levava nas escolas também, onde tinha gente e mulherada, eu levava. Após um ano, eu com estoque maior, comecei a atender no quarto da minha casa. Coloquei araras, comprei móveis usados, tudo bem simples mesmo, com um balcão e vestiários de cortininha”, comentou.
‘Minha casa virou uma feira, vendia de tudo um pouco’, relembra Janaina
Com o passar do tempo, Janaina disse que sua casa se tornou uma feira. “Vendia de tudo um pouco. Minha casa virou uma feira, tinha calçado na sala, na cozinha. E com uns três anos no ramo, já tinha muitas clientes, muitas mesmo. Minha casa era lotada de tanto cliente que eu recebia, principalmente, quando chegava novidades. Foi aí que eu resolvi ampliar, sempre pensando em dar um conforto a mais para as clientes”, disse.
O simples quarto então se transformou: ganhou móveis planejados, tudo padronizado, e climatização. “Foi conforme a minha condição, na época, mas, para mim era um sonho. Meus olhos brilhavam, achava tudo perfeito naquela fase da minha vida, porém, separei logo depois e tive que mudar de casa. Passei um tempo no aluguel, cerca de um ano, até construir a minha casa. E fui para o meu primeiro ponto comercial também”, explicou.
Aos poucos, Janaina viu novo crescimento e reformou a loja por três vezes, sempre fazendo ampliações e deixando o ambiente mais moderno para as clientes. “Gosto de sempre estar trazendo inovação, crescendo também dentro das redes sociais, trazendo melhorias para agregar dentro da loja. E acredito que houve, do ano passada para cá, um crescimento de 50% ou mais, já que dobramos o faturamento. E eu, que tinha apenas uma funcionária, já estou com duas e pensando em contratar mais uma, principalmente, pelo aumento da demanda”, ponderou.
Desde o início, foco é o ‘atendimento de qualidade’, argumenta empresária

Em todos os momentos, a empresária fala que o foco é o atendimento de qualidade. “Estou planejando contratar mais uma pessoa para me ajudar neste sentido, dividir as tarefas, deixar alguém no financeiro, outro na venda, deixar cada vez mais organizado. Há um mês, abri a minha segunda empresa, decidi expandir para o nicho de moda plus size, abri a ‘Janaina Rodrigues Plus’, em Colinas (TO), a primeira loja do ramo aqui”, contou, emocionada.
Para pagamentos, Janaina diz que oferece boletos e parcelamento na maquininha, entre outras opções. “Meu projeto é crescer, igual a Janaina Rodrigues I cresceu, se destacou na cidade graças a Deus, com muitos clientes e boa aceitação, enfim. Esses dias também fiz um financiamento para colocar placa solar, principalmente, porque o consumo com ar-condicionado estava bem alto, então, as placas foram uma economia a mais e já estou pensando em outras parcerias”.
‘Me orgulho em ser a primeira cliente da cidade’, fala empresária sobre Sicredi
Falando em parceiros, Janaina destaca o principal, que ajudou a alavancar o negócio e ela qualifica como um “divisor de águas”. “Há cinco anos eu trabalhava com nota promissória, então, tinha muito prejuízo, muito fiado e isso impossibilita o crescimento da empresa. Foi aí que procurei o Sicredi e me orgulho em ser a primeira associada da cidade. Se não sou a primeira sou a segunda, pode verificar o meu nome. Ainda existia somente uma sala e eu me filiei, com a intenção de começar a emitir boleto bancário”, relembrou.
Desde então, Janaina qualifica a decisão como a “melhor de sua vida”. “Existe inadimplência ainda? Bem pouco, muito menos. Hoje a gente seleciona as pessoas que vai vender no crediário e a opção boleto me traz segurança. Acho que eu deveria, inclusive, ter escolhido isso bem antes, porque tive prejuízos altíssimos. Mas tudo mudou com a ajuda do Sicredi e agora eu sonho com o meu prédio próprio, para sair do aluguel. E acredito que já tenho o Sicredi como parceiro da nova fase das lojas Janaina Rodrigues”, finalizou.
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