Ser uma mulher empoderada nunca foi algo simples para mim, apesar de conviver com minhas avós por toda a infância.
Elas foram duas mulheres fortes e potentes, mas que não faziam a menor ideia do que significava o termo “empoderamento feminino” há mais de 40 anos atrás.
Minha avó materna teve sete filhos, os criou sozinha entre dois casamentos malsucedidos, ainda me lembro dela voltando do trabalho ao final de um dia cansativo na produção da Cerâmica Weiss, mas firme, forte e com seu batom vermelho nos lábios.
O sorriso dela de cantinho de boca ficou marcado em minha memória para sempre.
Já minha avó paterna, teve dezesseis filhos, quinze biológicos e um adotivo, imagino que tenha sido um enorme desafio, já que meu avô causava muito trabalho a ela, tanto no relacionamento quanto na vida financeira do casal.
Eles moravam na zona rural na região sul de Minas Gerais e viviam da agriculta de café. Vale ressaltar que, na juventude, meu avô não foi um dos homens mais responsáveis do mundo, porém, quando reviro minhas memórias para me reencontrar com minha avó, sempre me lembro dela nos tratando com muito amor e fazendo todo o possível para oferecer o melhor aos filhos.
Permaneceu casada com meu avô até o final dos seus dias, nunca saberei dizer a vocês se foi por opção.
Essas mulheres são minhas referências para o empoderamento. Quando penso nelas, é quando consigo sentir dentro do meu coração a força e o poder do feminino, representam quem são as mulheres empoderadas, aquelas que sabem o seu valor, que se apropriam do espaço que as pertencem, das que protegem seus entes queridos, a si mesmas e buscam sempre construir um mundo melhor.
Falar sobre empoderamento é valorizar toda a capacidade de transformação e regeneração que a mulher guarda dentro de si, tudo aquilo que ela tem o poder de tocar e recriar de forma humana, sensível, intuitiva e gentil.
Cresci, convivendo com essas duas mulheres incríveis até onde pude, me casei pela primeira vez aos 16 anos, fui mãe aos 18 anos e me separei 1 ano depois.
O Empoderamento não veio naturalmente em meu nascimento, nem no nascimento do meu filho, foi aparecendo e crescendo a cada desafio enfrentado e superado, a cada momento que eu acreditei que não ia dar conta e dei, a cada paradigma que quebrei por ser mãe jovem, divorciada e criar um filho sozinha, vinda de uma educação patriarcal e religiosa.
Afinal, na vida o que importa é como você lida com o que te acontece.
Então, a partir das experiências que vivenciei, divido aqui com você 5 atitudes para que se empodere cada dia mais, de dentro para fora:
1. Reconheça quem você é.
2. Pratique se sentir à vontade nos ambientes que frequenta e interage, independente do que é esperado por outras pessoas.
3. Mantenha somente os relacionamentos emocionalmente valiosos e enriquecedores.
4. Não acredite que suas opções são limitadas pelo fato de ser mulher, desconstrua e reconstrua, até que fique como você sonhou.
5. Acredite, ser mulher é o maior presente que você poderia ter recebido.
Espero que essa partilha seja o início da consciência para que você dê passos firmes na direção do amor-próprio e da autoconfiança.
Dariane Gatto, sócia fundadora da Instituto Kaz, Kaz Coworking e criadora do Mulheres que Lideram. Atua como Estrategista de Negócios & Mentora para Líderes e Empresários, especialista em gerenciamento de projetos, gestão de mudanças, gestão pública municipal e pós-graduanda em marketing e negócios digitais, master coach, certificada DISC, QEMP, ALPHA, HCMBOK e PMP, com mais de 1000 líderes impactados por seus programas e mais de 100 empresas atendidas para desenvolvimento de seus negócios, sócios e lideranças.
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