A enfermeira, empresária e associada DN, Izaura Caroline, conduziu a palestra “Se conheça, se ame, se cuide”, aberta a todas as associadas da agência pela importância da discussão na vida das mulheres
Para fechar o mês com chave de ouro, a 3ª Rodada de Negócios DN na agência da Sicredi União MS/TO e Oeste da BA em Paraíso do Tocantins aconteceu na última sexta-feira (21), ocasião em que foram abordados assuntos pertinentes aos cuidados da mulher ainda no âmbito da campanha de prevenção ao câncer neste Outubro Rosa. De acordo com a gerente exclusiva Donas do Negócio, Monica Godoi, essa iniciativa foi um pouco diferente, já que abraçou mais mulheres em torno da conscientização sobre essa temática.
“A nossa associada, a enfermeira Izaura Caroline, se disponibilizou voluntariamente a vir falar conosco. Esse encontro não ocorreu apenas junto às participantes do programa Donas do Negócio, mas a todas as colaboradoras da agência, frente à relevância desse assunto tão importante, já que a informação e prevenção são capazes de salvar vidas”, complementou Monica.
Segundo a gerente exclusiva DN, por ser uma questão urgente para todas as mulheres, possui total aderência com o programa, que também visa o bem-estar e integridade das participantes. “O Donas do Negócio também é cuidado. Por isso, resolvemos fazer essa edição especial abraçando a causa e mais mulheres em torno dela”, reiterou.
Pedidos de exames dentro da agência
As participantes interessadas em realizar, posteriormente, os exames de prevenção ao câncer, tiveram a possibilidade de fazer a requisição por intermédio da enfermeira Izaura Caroline, servidora do Sistema Público de Saúde de Paraíso do Tocantins, ainda dentro na agência.
O objetivo da ação foi o de promover o acesso rápido e fácil aos pedidos de exames, logo após a palestra, que teve o tema “Se conheça, se ame, se cuide”. A gerente Monica havia avisado previamente às participantes para que vestissem peças em tons de rosa, “já para entrarem no clima”, no intuito de estimular esse autocuidado e o olhar amoroso para si mesmas.
Enfermeira graduada pela Universidade Federal do Tocantins, Izaura Caroline falou detalhadamente sobre prevenção, sintomas, tratamentos e demais cuidados relacionados ao Outubro Rosa. “Neste mês, nós intensificamos o assunto em torno da prevenção ao câncer de mama e colo do útero, que são os de maior incidência entre as mulheres. Essa roda de conversa foi muito produtiva, pois as meninas me perguntaram bastante e sanaram várias dúvidas a respeito desse assunto”, explicou.
Outubro Rosa: 28% das mulheres não conhecem nenhum sintoma de câncer de mama, diz estudo
Por outro lado, o sinal mais conhecido por elas, relacionado a doença, é o caroço na mama
O mês de outubro está terminando e com ele a campanha Outubro Rosa, mas o que não acaba nunca é a necessidade da conscientização a respeito da prevenção ao câncer de mama. Também conhecida como neoplasia, a doença é caracterizada pelo crescimento de células cancerígenas nessa região e, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o segundo tumor mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele, e o primeiro em letalidade.
Nesse cenário, estar atenta ao próprio corpo é fundamental para identificar possíveis mudanças que indiquem que algo está errado, até porque a taxa de cura chega a 95% se a doença é descoberta em estágio inicial. Todavia, segundo constatou o mais recente estudo da Famivita, 28% das mulheres não conhecem nenhum sintoma de câncer de mama. Esse número está presente principalmente entre as mulheres dos 18 aos 24 anos. Por comparação, quando se trata, por exemplo, das mulheres dos 35 aos 39 anos, esse percentual cai para 14% e, ainda mais expressivamente, face às mulheres de 50 anos ou mais, com 11%.
E o sinal de câncer mais conhecido pelas participantes do estudo foi o caroço endurecido, fixo e indolor, dado que 65% delas afirmou estar a par dessa questão. A pesquisa constatou, ainda, que 43% das mulheres não sabem fazer o autoexame das mamas, ou seja, proceder com a observação em frente ao espelho, palpando, de pé, a mama e repetindo, deitada, a palpação.
As informações por estado demonstraram que no Amapá é onde a maioria das entrevistadas sabe fazer o exame das mamas e que as mulheres devem proceder com a mamografia a partir dos 50 anos, a cada dois anos, ou seja que o exame deve virar rotina, conforme preconiza o Inca. No Distrito Federal e em São Paulo, 61% e 62% das participantes, respectivamente, sabem fazer o autoexame das mamas. Já no Rio de Janeiro e em Alagoas, 70% e 69%, respectivamente, afirmaram ter ciência que a mamografia precisa ser feita a partir dos 50 anos.
Falando contra o preconceito
E um artigo científico publicado em setembro na revista Public Health in Pratice, intitulado Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), apontou os resultados da campanha de prevenção ao câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho revelou que o número de mamografias aumenta em 33% em outubro – e permanece em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro), corroborando que as campanhas deveriam ser mais constantes, especialmente em nosso país, onde 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.
É, de fato, muito importante falar sobre o câncer, especialmente se lembrarmos que no Brasil de 20 anos atrás, por exemplo, muita gente nem pronunciava essa palavra, tal era o medo que existia ao redor da doença. Por todo preconceito que envolve a enfermidade, mesmo nos dias atuais, ainda há quem prefira esconder que tem, o que pode atrapalhar bastante o tratamento. Assim, iniciativas como o Outubro Rosa vêm ajudar, trazendo informações de qualidade para desmistificar a doença, afinal a taxa de cura chega a 95% se descoberto em estágio inicial.