Especialista destaca principais áreas em que a IA pode ser utilizada na indústria
Recentemente, a aparição do ChapGPT despertou as pessoas sobre os avanços da inteligência artificial (IA) e seus diversos usos. O acesso a essa tecnologia está cada vez mais facilitado e sua utilização, atualmente, se torna imprescindível para o desenvolvimento e a modernização das empresas em todas as áreas.
No dia a dia de uma indústria, por exemplo, a IA permite que o trabalho seja mais eficiente e automatizado.
“Hoje, as indústrias já possuem diversos sistemas que possuem ou estão aderindo modelos de IA, como sistemas financeiros e de previsão de demanda. A IA chega de uma forma muito disruptiva, provocando mudanças, facilitando e automatizando o dia a dia, e por isso se torna um caminho muito importante para uma empresa. Em algum momento as indústrias vão utilizar a IA, e, muitas vezes, sem saber que estão usando, através da utilização de softwares contratados que dispõem de IA”, destaca Andressa Vergutz, especialista em IA e cofundadora e head de tecnologia da Easy360, startup com sede em Curitiba, que oferece uma solução SaaS que auxilia no planejamento, orientação e gestão de uma indústria.
Ela lembra que as empresas de tecnologia de soluções e softwares já estão aplicando a IA em seus produtos. O Excel (editor de planilhas da Microsoft), por exemplo, já tem uma funcionalidade de IA em seu programa, disponível em alguns pacotes do Office. A inteligência artificial também já está presente há tempos no Google e no Bing, os principais sites de pesquisas utilizados no mundo.
Na área industrial, a IA pode ser aplicada em diferentes setores. Um deles é o da produtividade. Se um determinado produto da empresa está vendendo bem, com um programa de inteligência artificial é possível verificar o que se pode melhorar em seu roteiro de produção, para que se consiga entregar maior quantidade dele dentro de um curto espaço de tempo.
“Uma opção de aplicação de IA é no controle de estoque e gestão de produção. Pela tabela de histórico de vendas, é possível verificar se um produto X pode acabar antes do que um produto Y no estoque. Assim, um modelo de IA direciona a produção para fabricar primeiro X do que Y, ou seja, define-se qual produto deve ser fabricado antes ou depois, dependendo do histórico de venda e gestão de estoque”, revela Andressa.
A IA também pode ser aplicada no mapeamento de mercado e na área de previsão de demanda, auxiliando na verificação de quais produtos vão ser mais vendidos nos próximos meses, utilizando variáveis externas para ver o que pode impactar a venda desse mesmo produto, para mais ou para menos. Ainda nesse mapeamento, é possível estudar todo o segmento ao qual a indústria pertence em busca de potenciais novos clientes e também de novos parceiros na produção.
“É possível adicionar diversas variáveis junto ao modelo de IA e, dentro da busca, pode-se descobrir novas empresas clientes ou parceiras, novos segmentos, e o tipos de produtos que podem ser vendidos para determinados mercados. A busca se torna muito mais assertiva, pois o modelo de IA terá diversas informações de diferentes áreas e setores, variáveis externas, e irá cruzar todos esses dados, obtendo um resultado mais efetivo do que uma ou mais pessoas fazendo o mesmo processo. Ou seja, a IA automatiza os processos e muitas vezes oferece resultados mais significativos quando comparado aos resultados obtidos por um humano”, informa a especialista da Easy 360.
A startup curitibana possui modelos de IA na solução que oferece ao mercado, que melhoram o planejamento, orientação, disponibilidade e gestão de uma indústria. E está desenvolvendo funcionalidades com aplicação de IA para a previsão de demanda e mapeamento de mercado que irão aperfeiçoar ainda mais essa solução, aprimorando cada vez mais o serviço realizado.
“A utilização da inteligência artificial está no centro das atenções de todo o mundo e ela é essencial para o futuro de uma empresa, pois irá facilitar e automatizar os processos. É preciso saber como utilizar a IA da melhor forma possível e para isso é necessário conhecimento, ter profissionais que desenvolvam com competência os processos para o real aproveitamento dessa tecnologia”, finaliza Andressa.