No Brasil, 60% das pessoas compra de forma híbrida, seja em lojas físicas ou online. Especialista explica como marketing por dados pode ajudar pequenos e grandes negócios
O processo de compra e venda é uma infinita relação de troca. Ele não começa no momento em que o cliente fecha negócio. Ele vai desde a primeira busca, passa pelo conhecimento sobre a marca, escuta da recomendação de outros consumidores até chegar à escolha definitiva.
Cada etapa da jornada é importante, e as estratégias são diferentes para cada uma delas, mas todas elas têm algo em comum: a experiência que o cliente percebe.
Segundo os dados da “CX Trend 2022”, que ouviu 2.109 pessoas acima de 16 anos em todo o Brasil, de diferentes classes sociais, 42% dos consumidores compraram algum produto pela internet e optaram por retirar o produto na loja, ou seja, escolheram um modelo compra novo que mistura o online e offline, mesclando conforto, praticidade, economia e agilidade de cada canal.
A pesquisa realizada em 2022 por “Allin, social miner e Opinion box”, ouviu mais de 1.079 brasileiros de todas as regiões e classe social e aponta que 60% das pessoas consomem de forma híbrida, seja em lojas físicas e online.
Os resultados da pesquisa apresentam que o novo consumidor tem comportamentos híbridos e jornadas não lineares, e assume o protagonismo das decisões de canais de compra e relacionamento com a marca.
Como esse novo cenário, a visão convergente dos processos de marketing, comunicação e venda, sejam pelos canais físicos ou digitais se apresenta como desafio de gestão para as empresas.
“A separação entre compra online e compra física já não pode existir mais. As jornadas não são lineares, então as estratégias e maneira como as empresas moldam seus processos e se relacionam com os seus clientes também não pode ser”, diz Priscila Calegaro, Ceo e fundadora da No!box Marketing Lab.
O marketing por dados oferece um caminho para decisões focadas no cliente
Os rastros digitais deixados em cada passo da jornada podem ser utilizados para mapear preferências, hábitos, comportamentos para ampliar o entendimento que as empresas tem dos seus públicos de interesse, para criação de experiências mais personalizadas que resultem no aumento das oportunidades de venda e permanência do cliente.
O Estudo “Discovery-led Shopping” realizado pela “GfK”, pesquisa online comissionada pelo “Facebook” com 1.032 brasileiros maiores de 18 anos no período de julho à agosto de 2020, apontou que as pessoas buscam conveniência e agilidade em suas experiências de compra e que, criar experiências excepcionais e personalizadas com foco nos clientes é mais importante do que nunca.
Segundo as informações do facebook discovery commerce, que reune uma coletânea de recomendações para empresas como resultado de estudos realizados por empresas como “Crowd DNA” e “ GFK” , as empresas devem pensar como o e-commerce pode criar as mesmas conexões que as pessoas experimentam nas compras presenciais, com mais profundidade.
Os dados das pesquisas apontam que 46% dos compradores brasileiros que fizeram compras na temporada de 2021 e usaram serviços de mensagens instantâneas para se comunicar com os vendedores o fizeram por acreditarem ser a forma mais eficiente de comunicação, enquanto 43% esperavam uma resposta mais rápida do que em outros métodos.
“O marketing por dados traz uma contribuição importante, onde as preferências pessoais, suposições e achismos de empreendedores e gestores cedem a vez para visão centrada no cliente, nas pessoas e performance”, diz Priscila Calegaro.
Integração, convergência e entendimento do que move o cliente
A especialista em experiência digitais explica que as empresas que usam os dados de forma estratégica para proporcionar experiências personalizadas ganham um vantagem competitiva.
As recomendações do estudo do “Facebook discovery e-commerce” apresenta que é necessário colocar os clientes e suas preferências de mídia e conteúdo em primeiro lugar para encontrar o ponto ideal entre o engajamento do topo do funil e a conversão da parte inferior em ambientes digitais para ampliação de oportunidades.
Mas o desafio é ainda maior para as empresas de pequeno porte que lidam com a falta de recursos necessários, seja tempo, dinheiro ou pessoas para realizar análises de mercado e utilizar seus dados transacionais e de relacionamento de forma mais estratégia e que as ajudem a gerar negócios.
Segundo os dados de pesquisa recente do Sebrae, as pequenas empresas movimentam 70% dos empregos gerados de carteira assinada no Brasil. “Há uma lacuna que precisamos cobrir e fortalecer a cultura de dados nas empresas se mostra fundamental para sobrevivência dos negócios, pois contribuiu de forma direta na redução das taxas de mortalidade das empresas”, conclui a especialista Priscila Calegaro.
Fonte: Assessoria
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